15 agosto, 2011

Vidas Assassinadas!

Parei no tempo, pensei. Afinal, onde estou? O que é tudo isto? Isto que me envolve, que não me deixa respirar, mover os membros, que não me deixa ter Vida. Olá, prazer, este sou eu, o meu nome é o que te disse, e quero-me conhecer. Ajudas-me? Pois, nem tu sabes. Obrigado na mesma, adeus.
Por todos os locais onde me encontro, não sei. Com todas as pessoas que fale, não sei. Quando estou isolado, não sei. Talvez não queira saber, mas mesmo assim, não sei. Será que fomos destinados a isto? Será que pensamos que as coisas não deveriam ser quadradas, e serem triangulares mas, afinal, deveriam mesmo ser dessa segunda forma? Cada um que imagina estas supostas realidades, encontra-se enganado?
O meu coração bate, bate forte. Será que vai explodir? Será que quer sair do meu interior? Rebentar com todos os meus ossos, fugir e ser livre? Poder decidir por si próprio? Talvez ele tivesse sorte.

14 agosto, 2011

Vírus da hidrofobia

Grrr. Que estranha sensação. Fui arranhado, abriu-se um túnel com diâmetro cada vez maior no meu corpo. Sinto pequenas dores, apetece-me coçar lá, mas isso faz-me sangrar mais. Mas eu gosto, e continuo! Não me importa que fique ensanguentado por todo o lado, ou que arranque toda a pele do meu corpo! Estou enjoado, preciso de deitar tudo para fora.
Grrr. Estou com um mau humor, nem te passa pela cabeça. Agora nem comer consigo, nem beber, nem nada! Tudo o que tendo deglutir me causa imensa dor, que tortura! Prefiro nem tentar, prefiro sentir dor por não comer, por não beber, porque se o fizer a dor será maior.

13 agosto, 2011

Por Gentílico Reguense:

Dia da juventude, doze de agosto de dois mil e onze. Uau, podemos passear em alguns transportes sem pagar? Ok, vamos à Régua (então, Lisboa, Coimbra, e todas as outras opções, nos aguardem para futuras visitas).
Doze pessoas, começaram a sua viagem pelas 9:35, quando se colocaram completamente no comboio urbano com destino a Caíde. (Sim, estivemos juntos bem antes, mas quero dar enfatização àquela hora). Nem vou falar sobre os sucedidos nessa primeira viagem, acho melhor que fiquem em segredo. É melhor.
Chegado o co-destino, corremos para a linha 2 ou 3 (não me lembro, eu tinha coisas mais importantes em que reparar). 'Comboio regional com destino à Régua'. 'Bem, é o nosso, vamos entrar rápido'.

('weeeeeeee').

11 horas e 57 minutos, e já respiramos ar puro! 'Eu vou-me sentar'. 'wc, onde é? sei ler as indicações, mas anda comigo'. Mas não poderíamos sair de lá sem antes ouvirmos a buzina extremamente agressiva de um comboio. Qual era o objectivo? Analisar se conseguíamos saltar? Pois, caso não conseguíssemos, fomos obrigado a conseguir. Se alguém sofresse do coração, não iria andar a passear. Ou então iria, mas de ambulância! ('Vamos é fugir daqui').
Aquele é o Rio Douro? A vontade de saltar para lá era imensa, afinal estavam 33 graus Celsius, 91,4 graus Fahrenheit ou 306,15 graus Kelvin.

('Ufaaaa, que calor. Vamos derreter').

'Alguém quer almoçar? Chão ou mesa? Vamos andar à porrada para decidir.'
Já todos colocados nos seus lugares, era hora de começar, bom apetite!
Mas almoçar, não nos chega o que trouxemos nas mochilas? Bem, eu não te estou a perceber, mas se é assim, vamos lá, ninguém vê.
Mesmo que a vontade de lá continuar fosse imensa, estar numa margem daquelas águas, debaixo de uma grande árvore, que nos proporcionou aquela sombra tão desejada, levantamo-nos. Próximo destino: Museu do Douro.

('Vamos dizer «olá» à Dona Antónia? Só espero que seja simpática').

Eu até relataria a visita, mas certamente eu não seria o melhor autor para esse efeito. Posso dizer que adorei a visita. Foi, sem dúvida, algo a reter na memória. E ficar a conhecer a Senhora, também. E afinal, não vou fazer publicidade à borla, tem de ser.
E se o dia sem tudo isto teria sido a mesma coisa, não. Até o velhote que nos interrompeu, duas vezes, para perguntar se 'aquele' carro era nosso, porque estava a, supostamente, interromper os autocarros (não, não estava), valeu a pena!

('Mais um gelado, por favor').

E no fim, 18:00, comboio regional para Caíde, destino: voltar.
A viagem de volta foi ainda melhor. Desde colocar o pessoal todo daquela carruagem divertido, até alguém de nós que, num acto de verdadeira simpatia, etc, limpou uma parte do chão do corredor.
E, claro, o dia não podia acabar sem os míticos Nuggets (mas daqueles que só eu e mais umas pessoas sabem pronunciar).
Se gostei? Não, adorei! Se quero repetir? Sem dúvida!

Um obrigado a toda a gente!

07 agosto, 2011

Ao relento. With love.

Comemorávamos dois meses, e estava a chover torrencialmente. Será que devemos continuar? Sim, nós queremos, a meteorologia também deixa. Então, estava tudo planeado: 'depois vê-se'. Já parou.
Não foi necessário fazermos uma dança completamente estranha, ou mesmo um sacrifício de algum pedaço de carne. Não foi necessário apaziguar os deuses, eles estavam do nosso lado. Apoio divino e continuamos.
Só queríamos um templo mágico, que nos mantivesse na esperança de que estávamos certos. Confirmado.
Durante a busca incessante por algo que nos mantivesse inabaláveis, encontramos o Templo. Aquele Templo já tinha sido, outrora, local de carnificina no seu estado puro.
'Sentem-se, que já serão invocados. Amén'.

Chegou a nossa vez, vamos. Agarremos a mão um do outro e continuemos. O Destino observa-nos com a máxima atenção, pretende contrariar-nos. Sim! Ele fez isso. E? Depois jogamos as nossas cartas, aquelas que trazemos no bolso  de trás, do lado esquerdo. Poker? Não, mas o resto fez parte. Fecha os olhos, envolve-te totalmente, rebenta tudo, olha o êxtase a chegar. Vai uma mão, duas mãos. As quatro!
E virado para Alá, alguém vai rezar incondicionalmente. Não está certo, faltam uns centímetros! Mexe-te, deixa-me deslocar-me. Ah, já está.
Repousam-se os dois corpos, ao lado da casa de Poseidon, ou lá quem era, que nem se identificou, apenas olhou e nos abandonou.

Estava temperaturalmente frio, vamos incendiar isto tudo. Junta-te a mim, vamos começar. Agarra-te como se não houvesse amanhã, não te largo, quero-te sempre assim, comigo!
As amigas com penas, cumprimentaram-nos pela noite dentro, e nós não respondemos. Durante todo aquele tempo, estava tudo morto, menos Tu e Eu.
Teria sido o fim do mundo? Será que já tínhamos chegado a 2012? Não.
É simples, nem é preciso dactilografar.

Regressamos do mundo distante, afinal não teria sido a destruição maciça deste planeta. Foi apenas uma viagem, e nesse caso não importa as vezes que lá se voltem, será apenas tudo diferente e melhor! Lá nos aguardam, consigo ouvir. Tenham calma, daqui a pouco já voltamos.
Entretanto, vamo-nos levantar, comer qualquer coisa, e dormir. Não, não foi um sonho, mas até já Meu Amor.