20 setembro, 2010

Memórias III


Semana baixa, em alta

Foi no dia 29 de Agosto, lá fomos para baixo. Destino: até onde o comboio nos levasse e deixasse. Levou e deixou.
Teria tanto para falar, tudo tão detalhado, tantas coisas diferentes. Mas não o vou fazer. Não porque não consiga, mas sim porque não quero. É uma opção. E daí? É.
Nunca imaginei tal coisa. Por certas coisas, teria imaginado algo melhor, acho eu, ou então seria diferente. Sim, diferente, será mais apropriado.
Também teve as suas maravilhas, não das Sete, quase.

Imensas recordações de lá, são imensas: um morto; uma auto-caravana abandonada com um morto; uma casas degradadas perto de uma auto-caravana com um morto; um terreno assustador com umas casas degradadas perto de uma auto-caravana com um morto; uma praia fantástica, separada de nós por um terreno assustador com umas casas degradadas perto de uma auto-caravana com um morto. Uma pequena parte, talvez a última, não tenha sido comprovada. Mas lá que nós acreditamos nas nossa própria imaginação, acreditamos. Saímos de lá.
Era da batata, e não só. Era de tanta coisa.

Para além das invasões ao quarto, das tentativas de violação (segundo o resto do quarto), dos barulhos estranhos, e de todas as outras coisas que não irei relatar, voltaria a vivenciar tudo, da mesma forma, do mesmo jeito, na mesma altura. Porque tudo acontece por um motivo, e eu sei qual foi.

Voltaria lá, nem queria sair. Tive de vir, mas poderei voltar. O tempo dirá.
E passou a dia 5 de Setembro, em que lá fomos para cima.
 
Ciclo oval, foi.
 
Marina de Lagos.
 

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