03 janeiro, 2012

I

Vagueando assim
O que será de mim?
Vendo sempre sinais
Sem sentir os vitais.
As minhas garras e dentadas
No próprio ficam representadas;
Seus barros sanguíneos, estalam!
E tais tecidos epidermais, abram!

Vontade bastante ofegante
Embora nada cessante.
Um ajudante sem sorte,
Um representate vazio;
Tutelar do seu pousio
Recebe, assim, a sua Morte.

Imaginável operação
Não é mera opção;
Mas chamei-lhe gentil senhora
Tornando-se assim sedutora!
Para tão feroz proposta
Não há vadio glícido;
Se fosse menos exposta
Não seria aqui implícito.

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