07 janeiro, 2012

IV - Sol(ita)

Escassa-me o início
Para profunda solidão;
E não é fictício
O que procura o coração.
Por forma de santo, voaste;
Por mim, tuas asas juraste.
Mas onde elas estão?
Diz-me se nascerão!
E não me sabendo responder
Para trás, então, olhaste;
Se não sabes o que é sofrer,
Olha para mim, que fizeste?
Sem resposta obter, continuei
Sem nada me parar, te amei
Se nesta guerra de amargura
Nem tiraste a armadura.
Agora sabes o que rezar
Com teus olhos de escura cor?
Só não te tentes profanar,
Dessa forma sinto horror.
E apesar de ser "enfim"
Juras ter essa vontade;
Quando olhas para mim,
Porque dizes que é saudade?
Mata esse desculpar
Só me sinto aldrabado;
Quer me faça massacrar
Eu não posso terminar;
Não quero nenhum julgado
Não existe nenhum cruzado.

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