14 julho, 2012

A Origem!


«Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura», mas, e dura água? Líquido puro, cristalino, futuro precioso, fundido por desmedidas constelações, todavia, existente desde uma realidade anciã.
Produção estranha, que constituis o que outrora se chamara de «origem», és tu capaz de moldar seres vivos, não-vivos, ou indeterminados? Quero e devo crer na resposta afirmativa, por incapacidade atribuída ao que tu és.
«Perante Vós, criaturas, me apresento como produto surgido após bruto confronto, tendo como parte submissa todo o conjunto orgânico que me caracteriza, e do lado antagonista essa mesmo estranheza em corpo de produção, que me acolhe, como se de um vampiro se tratasse em busca de toda a minha substância intercelular e demais inseparáveis.
Com moleza ando, respiro e vivo. Estou débil. Que tipo de rocha te revelas? Tão desumana quanto aparentas? Tão rija como te proverbiaram?
«Aqui estou eu, produto surgido..» e o resto, o resto é nome próprio.

«Que ruído é este que atormenta toda a animação?»
«É uma tua onomatopeia em colisão..»

«Não! Meus corpúsculos não penetram. Nem são consumidos. De que me vale continuar? Desperdiçar energias vitais à minha respiração?»
Em provérbio assim, pura verdade disfarçada ou adaptada, resultado não é esperado como sua recepção assim o destinaria, ou se estimaria prever.

Impossível ilusão seria
Mas teu espelho me enganaria
Qual será tua ambição?
Se nem tens coração?

Com sábio e robusto papiro, foi ponderada uma decisão. Para dura, dura água, e personagem influenciada, para pedra assim tão dura nada melhor que rocha mole. Sendo tu assim tão dura, mera peça de um tabuleiro, eis que tomas o que a ti condiz. Por eterna decisão, a água, assim, se firmou.
Em povoação para amestrar, não vais tentar. Situação dominar, por ti supões. Por ti, teu vento dominarás, por ti, direcções controlarás. Tempo de destino verbal, a ti vem, antecedes, o que queres.

Pois assim, fica, tudo muda, como a flor dissimulada de uma geração. Nasce, cresce e morrer. Por entre o seu ciclo natural, muda. Mas não como quer. Muda. Mas sofre o que lhe fora dado, por dentro. É aí que tudo começa.

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