12 julho, 2012

Era uma vez.. Ou duas!

"Olá Morfeu, posso?"
"Olá criatura, não, não podes."
"Porquê?
"Não quero ficar sozinho."
"Estarei sempre contigo.."
"Então vamos fazer uma festa?"
"Que tipo de festa?"
"Quem sonha és tu, decide.."

São horas. 1. 2. 3. Começa agora. Teu relógio de ave rebentou, e teu sólido de linhas te pode aconchegar! Ouves, bem longe? Uma leve batida se torna mais forte, a cada segundo. Tum, tum, e aí teu agente motor trabalha numa amizade falsa, de ilusão, com essas forças. Certas sábias vozes iriam definir estranho comportamento como sendo teu coração em total submissão do teu cérebro. Dizem elas.
Prefiro pensar numa alavanca capaz de puxar sagazmente.. Puxar. Puxar algo!
Roldana oxidada, ou talvez não. Escravos por trás. Pela frente. Esquerda. Direita. Cima e baixo. Pequenas partes da tua alma, te dão vida, como uma maldição. Maldição da vida. Ou falta dela.
Mas, Morfeu, mísero coitado, defere tal decisão. Em mitológica (ir)realidade, leva a própria Ciência. Ciência tua, consciência, conhecimento, ou estupidez. Define-a a teu próprio paladar, pulso firme é o teu!
Morfeu te submete aqui, mas além é teu, sobe a perna, levanta a renda, e bate, bate com força! Estalo oco na madeira de uma árvore rara, material esse a quem dás o nome de altar.
Deus grego, deveras, cujo Fado é seu tom musical. Apenas.
Procura sua irreal armadilha, corpo soberbo o seu, tão semelhante ao teu. Agora! Quimera aqui se invoca, "Vem. Vem. Vem antes!". Retorna no relógio, por brilhantes ponteiros, e pára! Corda parte ou mola torce; número sai, que acontece?
Pretérito mira, em tua ira, Morfeu vira, e tudo gira! Amén.


Invulgar macumba te atordoa, mas e agora? Em presente tempo verbal, sabes o que elaborar! Aproxima, dá as boas vindas, agradece a sua chegada, e lamenta que nunca regresse! Em ti mesma, criatura raivosa, conjunto de dentes alterados, suga-te! Possui-te, a ti e a Ele.
Absorve o poder, sente, sente tudo! Compaixão estranha te consome, mas é generosa.
Degustar teus tecidos celulares, foi bom. Ter o bastão, é melhor.
Era, sim, uma vez, em que Ele fora tu, e tu ninguém. Fora, sim, outra vez, em que isso só acontecera en metade de uma biografia.

1 comentário: