14 agosto, 2010

Memórias II

É sobre o nosso dia, de dia doze, mas só escrevo hoje. É assim, mas aqui fica. É o que iria dizer, e que direi. É TUDO!

Mais um dia da semana, em que acordei tão cedo, mas com um importante motivo. Era o que mais queria, poder fazer o que fiz, aproveitar enquanto podia, o mais que podia, de todas as formas que podia, com quem podia.
Lá entramos, a correr, e, por pouco, ficávamos em terra, à espera do próximo comboio, que seria a uma hora qualquer, não faço ideia, mas também já não preciso de saber. (Quando quiser, vou aos horários, quando for necessário). Destino, aquela cidade! Chegamos, e tivemos direito a uma idosa e um idoso, que me tentaram enervaram logo de manhã (opá, eu estava super bem-disposto, porque é que tinha de levar com aquela estupidez, daquela gente, àquela hora?), mas logo passou, sim, porque eu sou forte, ou tento.
Mas porque temos de fazer as coisas más acabarem, fomos à praia, daquela outra cidade, onde nos fomos refrescar, quase impreterivelmente, em roupa interior, onde mais valia termos ido como estávamos antes, já que saímos de lá ainda mais molhados, durante a tentativa de vestirmos o que despimos. (São estas pequenas coisas que fazem a importância de um momento. Eu sorri, tu sorriste, elas riram connosco. Estávamos livres, despreocupados. E porque uns momentos assim, fazem a maior falta, eu os repetirei).
Até falaria bem mais dos outros destinos, mas nunca acabaria (não que me faltem palavras, mas sim porque apenas quero exprimir o mais importante, o que mais senti, que mais vivi, que mais TUDO! (para evitar maçar). Pois naquela outra, outra, cidade, foi fresco, e naquela outra, outra, outra, cidade, uma brasa. Tudo à sua própria maneira foi importante, tudo valeu a ida, tudo valeu o esforço, a viagem, o tempo que passamos, TUDO!
Onde tudo começa, tudo acaba. Pronto, nem tudo, mas quase. Para nós foi, e vimos o fim. Foi lindo, pensar que ali acabava, mas do outro lado começava. Aqui morria, ali nascia. Será que também seremos assim? Será que quando morrermos, iremos nascer naquele continente do outro lado, ou no continente que fica por baixo de nós, ou sabe-se lá onde? Eu bem queria, oremos, ou façamos de conta. Porque um sonho, uma imaginação, um sopro, uma vontade, é o suficiente para nos mover, nem que seja daqui ali, para tropeçarmos, e aprendermos, mas que acabará por nos evoluir, por nos crescer, desenvolver, ser e não parecer.
Para o ano voltarei, porque ainda terei idade para ir, e irei aproveitar, para abusar, um pouco mais. Porque somos assim uma única vez, nunca mais. Porque um segundo apenas será esse mesmo segundo uma única vez. Não haverá nenhum igual, nenhum da mesma forma, cor, textura, cheiro, sentimento, nada de TUDO!
O fim é o início. O início é o fim. TUDO é TUDO!

Foi um dia fantástico, mesmo à jovem, sim, porque correr foi coisa que não faltou, e isso nem todos os idosos conseguem. Se eu consegui, e não só, aí têm.
Porque correr para todos os comboios, quase a perdê-los, e sair do comboio, enquanto não arrancava, para ir ao bar, comprar bolos, foi importante. Lutemos por aquilo que queremos, arrisquemos. Porque a felicidade se deve buscar, e rebuscar, faz isso, aquilo, TUDO!

P. S. Porque “quem vai de comboio não perde uma maré”, e é bem verdade, pois nós levamos com várias. E antes de saírem do comboio, enquanto não arranca, levem o bilhete, para o caso de, nunca se sabe, pronto, ele decidir fugir sem vocês, daquela vez, para sempre.
Há momentos que não se pode ser dizer que há. Há momentos, sem segundas oportunidades, por muito que se diga o contrário. Enquanto há, gasta o “há”, porque se há, é para ti, e por ti deve ser: realmente, há! TUDO!

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